Na casa de Marta, Maria e Lázaro, cada um representava um aspecto importante da vida espiritual: Lázaro simbolizava o relacionamento íntimo com Jesus, Maria representava a dependência e a submissão, enquanto Marta personificava o ativismo e o movimento constante. Contudo, naquela casa, marcada pelo ativismo de Marta, foi Lázaro, o símbolo do relacionamento, quem morreu. Em uma perspectiva espiritual, isso fala sobre a morte da intimidade com Deusa perda do relacionamento profundo, deixando uma sensação de que tudo havia se perdido e que o tempo para a restauração já havia passado de hora – Vem cá, fique um pouco mais comigo.

Alguém pode questionar: mesmo com o relacionamento morto, elas ainda permaneciam em Jesus? Sim, é possível. O ativismo, o envolvimento com as coisas espirituais, podem continuar vivos, mesmo quando o relacionamento com Deus está comprometido. Maria, que parava tudo para se sentar aos pés de Jesus, representa aquelas pessoas que continuam frequentando a igreja e demonstrando amor pelo Senhor. No entanto, muitas vezes, apesar dessas práticas, o relacionamento íntimo e profundo com Deus já não existe mais. E, se há algo que a maioria das pessoas carrega consigo, é uma “Marta” muito ativa e presente. Nem todos possuem uma “Maria” viva dentro de si, aquela que para tudo para estar aos pés do Senhor. Para muitos, o “Lázaro” já morreu — o relacionamento e a intimidade com Deus foram perdidos — e acreditam que não há mais esperança ou possibilidade de restauração.

Marta é o tipo de pessoa que se irrita facilmente quando é contrariada, possui respostas e justificativas prontas para qualquer questionamento e confia em tudo que faz. Ela adota uma postura autossuficiente, rígida em relação ao seu estilo de vida, acreditando que está sempre certa, e para ela, nunca há espaço para o erro. Marta está sempre ocupada com os afazeres, preocupada em servir e organizar tudo para o Mestre, ela é associada a uma preocupação excessiva e não parece ser uma pessoa disposta a aprender. Ela chegou a pedir que Jesus instruísse Maria a ajudá-la. “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com o serviço? Diz-lhe que me ajude” (Lucas 10.40). Maria, por outro lado, sentou-se aos pés de Jesus, ouvindo Seus ensinamentos, em atitude de devoção e contemplação. Quando Jesus chega após a morte de Lázaro, Marta rapidamente o aborda e diz: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires” João 11. 21-22).

Tudo o que Marta estava fazendo era ruim? Não. Ela se preocupava com a alimentação, com os cuidados necessários, e havia fundamento em suas ações. Entretanto, esse ativismo também significa que, muitas vezes, podemos esconder o verdadeiro problema: a falta de intimidade com Deus. Quando uma pessoa não consegue se identificar com Maria, ela tende a enaltecer o que faz, como uma forma de compensar a ausência do relacionamento profundo com o Senhor.

Marta é como aquela mulher cujo marido a chama para assistir a um filme juntos, e ela responde que há uma pilha de roupas para lavar ou passar. Ou como a esposa que convida o marido para se sentar à mesa com ela e os filhos, e ele diz: “Agora não vai dar, preciso terminar meu trabalho.” 

Jesus tem nos chamado para parar e ficar um pouco mais com Ele, mas muitas vezes estamos criando desculpas, excessivamente envolvidos com afazeres efêmeros. Jesus tem insistido, dizendo: “Venha ficar um pouco mais comigo, depois Eu o ajudarei a resolver isso. Você terá graça para dar continuidade ao que está fazendo…”

O que é realmente importante para você? Iniciar o dia aos pés do Senhor ou levantar da cama de forma apressada, mal conseguindo tomar o café da manhã, saindo correndo sem se despedir dos filhos e do cônjuge? Os vinte ou trinta minutos a mais com seu cônjuge, com seus filhos, ou as tarefas da empresa? O momento em que todos estão à mesa, compartilhando um tempo juntos, ou estar conectado às redes sociais, consumindo conteúdos vazios? 

A vida de muitas pessoas tem perdido o sentido, porque os relacionamentos interpessoais estão se esvaindo, e fomos criados para nos relacionarmos. No reino animal, por exemplo, quando um bezerro nasce, ele se levanta imediatamente e vai em busca do leite materno. Um bebê recém-nascido, se não receber os cuidados essenciais, certamente adoecerá e poderá falecer. A única maneira desse serzinho sobreviver é alguém cuidando dele.

Deus criou o homem para um relacionamento com Ele desde o início da criação, como é evidenciado no Livro de Gênesis 1.26-27. Deus fez o ser humano à Sua imagem e semelhança, o que envolve uma capacidade única de comunhão com Ele, uma relação de intimidade e dependência. Isso não é uma questão de semelhança física, mas de um relacionamento espiritual. A ideia de “imagem e semelhança” sugere uma capacidade dada por Deus de se relacionar com Ele, de entender Sua vontade e de responder à Sua autoridade. 

Em João 15.15, Jesus, ao chamar Seus discípulos de amigos, revela a profundidade do relacionamento que Ele deseja com o homem. Isso mostra que o propósito original de Deus em criar o ser humano é que Ele tenha um relacionamento pessoal e íntimo com o homem, o qual, embora tenha sido afetado pelo pecado, continua sendo restaurado por meio da fé em Cristo.

A ciência tem explorado a memória celular, um conceito que aponta que experiências, emoções e aprendizados são transmitidos e armazenados em nossas células, influenciando comportamentos e reações. Um exemplo disso é observado no comportamento de certos animais, como aqueles que fazem suas necessidades e as enterram. Quem ensinou esse comportamento a eles? A explicação científica é que tais instintos estão registrados em seu DNA, ou seja, são transmitidos através das memórias celulares.

No caso humano, o vínculo afetivo e físico entre mãe e filho é fundamental. Crianças amamentadas que recebem carinho e cuidados contínuos tendem a crescer saudáveis, com maior senso de segurança emocional. Por outro lado, crianças que não recebem esses cuidados enfrentam desequilíbrios emocionais, traumas, inseguranças. As memórias e as experiências afetivas adquiridas durante a infância, especialmente em relação aos pais, têm um impacto profundo na formação da personalidade desse ser.

A pessoa, então, pode viver sua vida carregando memórias — positivas ou negativas — transmitidas pelas interações com seus pais. Traumas, dores e medos podem ser parte dessas memórias, que ficam gravadas e moldam reações e escolhas. O ponto é: somos seres formados para relacionamentos. Quando temos dificuldades nos relacionamentos familiares, especialmente com os pais, carregamos ao longo da vida memórias e padrões de comportamentos que não compreendemos completamente, mas que influenciam a nossa vivência. Se não lidarmos com essas memórias e emoções, elas continuarão a moldar nossas atitudes e decisões.

Ao longo da minha infância, observei comportamentos que, de alguma forma, refletiam fragilidade, como o vitimismo, especialmente por parte da minha mãe. Por outro lado, via em meu pai uma figura viril, de força e firmeza. De certa forma, eu admirava a postura do meu pai, enquanto me sentia desconfortável com a postura da minha mãe diante de situações.

Quando chegamos à vida adulta, muitas vezes acreditamos que não temos problemas com a figura materna. Porém, estudos e pesquisas indicam que é mais fácil perdoar o pai do que a mãe. De fato, muitas pessoas enfrentam mais desafios em relação à mãe do que ao pai.

A mãe, enquanto figura de acolhimento, do Espírito Santo, da alimentação e do cuidado, tem um papel importante na formação emocional dos filhos. Quando uma mãe não consegue cumprir plenamente esse papel, a criança, já na vida adulta, pode, inconscientemente, adotar uma postura de autossuficiência, como se precisasse “sobreviver” e cuidar de si mesma. Para uma menina que cresce em um ambiente assim, ao se tornar adulta, pode ocorrer um fenômeno onde ela atrai a figura viril do pai, internalizandode maneira inconsciente, características associadas a essa virilidade. Isso pode se refletir em uma mulher que se vê como autossuficiente — assim como Marta —, que acredita que pode fazer tudo sozinha, que não aceita ser comandada, reproduzindo, em certo nível, a postura que talvez  via no pai.

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Março de 2025 – Vem cá, fique um pouco mais comigo! Vem cá, fique um pouco mais comigo! Vem cá, fique um pouco mais comigo! Vem cá, fique um pouco mais comigo! Vem cá, fique um pouco mais comigo! Vem cá, fique um pouco mais comigo! Link: Edição.

Edição de março de 2025

PALAVRA DE

Vida e Fé:

Vem cá, fique um pouco mais comigo

Vem cá, fique um pouco mais comigo!

Lázaro é a figura de um relacionamento, de uma intimidade com Deus que morreu ou esfriou.

Na casa de Marta, Maria e Lázaro, cada um representava um aspecto importante da vida espiritual: Lázaro simbolizava o relacionamento íntimo com Jesus, Maria representava a dependência e a submissão, enquanto Marta personificava o ativismo e o movimento constante. Contudo, naquela casa, marcada pelo ativismo de Marta, foi Lázaro, o símbolo do relacionamento, quem morreu. Em uma perspectiva espiritual, isso fala sobre a morte da intimidade com Deusa perda do relacionamento profundo, deixando uma sensação de que tudo havia se perdido e que o tempo para a restauração já havia passado de hora.

Alguém pode questionar: mesmo com o relacionamento morto, elas ainda permaneciam em Jesus? Sim, é possível. O ativismo, o envolvimento com as coisas espirituais, podem continuar vivos, mesmo quando o relacionamento com Deus está comprometido. Maria, que parava tudo para se sentar aos pés de Jesus, representa aquelas pessoas que continuam frequentando a igreja e demonstrando amor pelo Senhor. No entanto, muitas vezes, apesar dessas práticas, o relacionamento íntimo e profundo com Deus já não existe mais. E, se há algo que a maioria das pessoas carrega consigo, é uma “Marta” muito ativa e presente. Nem todos possuem uma “Maria” viva dentro de si, aquela que para tudo para estar aos pés do Senhor. Para muitos, o “Lázaro” já morreu — o relacionamento e a intimidade com Deus foram perdidos — e acreditam que não há mais esperança ou possibilidade de restauração.

Marta é o tipo de pessoa que se irrita facilmente quando é contrariada, possui respostas e justificativas prontas para qualquer questionamento e confia em tudo que faz. Ela adota uma postura autossuficiente, rígida em relação ao seu estilo de vida, acreditando que está sempre certa, e para ela, nunca há espaço para o erro. Marta está sempre ocupada com os afazeres, preocupada em servir e organizar tudo para o Mestre, ela é associada a uma preocupação excessiva e não parece ser uma pessoa disposta a aprender. Ela chegou a pedir que Jesus instruísse Maria a ajudá-la. “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com o serviço? Diz-lhe que me ajude” (Lucas 10.40). Maria, por outro lado, sentou-se aos pés de Jesus, ouvindo Seus ensinamentos, em atitude de devoção e contemplação. Quando Jesus chega após a morte de Lázaro, Marta rapidamente o aborda e diz: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires” João 11. 21-22).

Tudo o que Marta estava fazendo era ruim? Não. Ela se preocupava com a alimentação, com os cuidados necessários, e havia fundamento em suas ações. Entretanto, esse ativismo também significa que, muitas vezes, podemos esconder o verdadeiro problema: a falta de intimidade com Deus. Quando uma pessoa não consegue se identificar com Maria, ela tende a enaltecer o que faz, como uma forma de compensar a ausência do relacionamento profundo com o Senhor.

Marta é como aquela mulher cujo marido a chama para assistir a um filme juntos, e ela responde que há uma pilha de roupas para lavar ou passar. Ou como a esposa que convida o marido para se sentar à mesa com ela e os filhos, e ele diz: “Agora não vai dar, preciso terminar meu trabalho.” 

Jesus tem nos chamado para parar e ficar um pouco mais com Ele, mas muitas vezes estamos criando desculpas, excessivamente envolvidos com afazeres efêmeros. Jesus tem insistido, dizendo: “Venha ficar um pouco mais comigo, depois Eu o ajudarei a resolver isso. Você terá graça para dar continuidade ao que está fazendo…”

O que é realmente importante para você? Iniciar o dia aos pés do Senhor ou levantar da cama de forma apressada, mal conseguindo tomar o café da manhã, saindo correndo sem se despedir dos filhos e do cônjuge? Os vinte ou trinta minutos a mais com seu cônjuge, com seus filhos, ou as tarefas da empresa? O momento em que todos estão à mesa, compartilhando um tempo juntos, ou estar conectado às redes sociais, consumindo conteúdos vazios? 

A vida de muitas pessoas tem perdido o sentido, porque os relacionamentos interpessoais estão se esvaindo, e fomos criados para nos relacionarmos. No reino animal, por exemplo, quando um bezerro nasce, ele se levanta imediatamente e vai em busca do leite materno. Um bebê recém-nascido, se não receber os cuidados essenciais, certamente adoecerá e poderá falecer. A única maneira desse serzinho sobreviver é alguém cuidando dele.

Deus criou o homem para um relacionamento com Ele desde o início da criação, como é evidenciado no Livro de Gênesis 1.26-27. Deus fez o ser humano à Sua imagem e semelhança, o que envolve uma capacidade única de comunhão com Ele, uma relação de intimidade e dependência. Isso não é uma questão de semelhança física, mas de um relacionamento espiritual. A ideia de “imagem e semelhança” sugere uma capacidade dada por Deus de se relacionar com Ele, de entender Sua vontade e de responder à Sua autoridade. 

Em João 15.15, Jesus, ao chamar Seus discípulos de amigos, revela a profundidade do relacionamento que Ele deseja com o homem. Isso mostra que o propósito original de Deus em criar o ser humano é que Ele tenha um relacionamento pessoal e íntimo com o homem, o qual, embora tenha sido afetado pelo pecado, continua sendo restaurado por meio da fé em Cristo.

A ciência tem explorado a memória celular, um conceito que aponta que experiências, emoções e aprendizados são transmitidos e armazenados em nossas células, influenciando comportamentos e reações. Um exemplo disso é observado no comportamento de certos animais, como aqueles que fazem suas necessidades e as enterram. Quem ensinou esse comportamento a eles? A explicação científica é que tais instintos estão registrados em seu DNA, ou seja, são transmitidos através das memórias celulares.

No caso humano, o vínculo afetivo e físico entre mãe e filho é fundamental. Crianças amamentadas que recebem carinho e cuidados contínuos tendem a crescer saudáveis, com maior senso de segurança emocional. Por outro lado, crianças que não recebem esses cuidados enfrentam desequilíbrios emocionais, traumas, inseguranças. As memórias e as experiências afetivas adquiridas durante a infância, especialmente em relação aos pais, têm um impacto profundo na formação da personalidade desse ser.

A pessoa, então, pode viver sua vida carregando memórias — positivas ou negativas — transmitidas pelas interações com seus pais. Traumas, dores e medos podem ser parte dessas memórias, que ficam gravadas e moldam reações e escolhas. O ponto é: somos seres formados para relacionamentos. Quando temos dificuldades nos relacionamentos familiares, especialmente com os pais, carregamos ao longo da vida memórias e padrões de comportamentos que não compreendemos completamente, mas que influenciam a nossa vivência. Se não lidarmos com essas memórias e emoções, elas continuarão a moldar nossas atitudes e decisões.

Ao longo da minha infância, observei comportamentos que, de alguma forma, refletiam fragilidade, como o vitimismo, especialmente por parte da minha mãe. Por outro lado, via em meu pai uma figura viril, de força e firmeza. De certa forma, eu admirava a postura do meu pai, enquanto me sentia desconfortável com a postura da minha mãe diante de situações.

Quando chegamos à vida adulta, muitas vezes acreditamos que não temos problemas com a figura materna. Porém, estudos e pesquisas indicam que é mais fácil perdoar o pai do que a mãe. De fato, muitas pessoas enfrentam mais desafios em relação à mãe do que ao pai.

A mãe, enquanto figura de acolhimento, do Espírito Santo, da alimentação e do cuidado, tem um papel importante na formação emocional dos filhos. Quando uma mãe não consegue cumprir plenamente esse papel, a criança, já na vida adulta, pode, inconscientemente, adotar uma postura de autossuficiência, como se precisasse “sobreviver” e cuidar de si mesma. Para uma menina que cresce em um ambiente assim, ao se tornar adulta, pode ocorrer um fenômeno onde ela atrai a figura viril do pai, internalizandode maneira inconsciente, características associadas a essa virilidade. Isso pode se refletir em uma mulher que se vê como autossuficiente — assim como Marta —, que acredita que pode fazer tudo sozinha, que não aceita ser comandada, reproduzindo, em certo nível, a postura que talvez  via no pai.

No caso de um menino, ao atingir a vida adulta, ele se torna um homem que enfrenta dificuldades em cuidar de si mesmo, como em relação à higiene, à alimentação e à falta de certos limites. Esse comportamento, muitas vezes, reflete um problema interno com a figura feminina, o que pode levá-lo a procurar, ao longo da vida, a presença de uma “mãe” em sua companheira. Ele pode, inconscientemente, transformar sua esposa nesse papel materno. Ao fazer isso, ele cobra da esposa comportamentos e cuidados que, na verdade, eram esperados da mãe, o que cria um conflito, pois ela não é a mãe dele. Além disso, esse homem pode viver com uma constante desconfiança, temendo ser “deixado” pela esposa da mesma forma que sentiu ser abandonado pela mãe. Em razão desse relacionamento complicado com a mãe, ele se torna insensível ou até bruto com a esposa, tratando-a como se ela fosse uma figura materna, em vez de vê-la como sua companheira. Isso acontece porque esse homem não resolveu o problema interno com a figura materna. Ele projeta suas inseguranças e medos de abandono na relação com a esposa, fazendo ameaças de deixar a família, pedir o divórcio, antecipando, de maneira inconsciente, algo que ele teme: ser deixado primeiro. Esse comportamento é uma visão distorcida, onde ele enxerga rejeição em atitudes que, muitas vezes, não têm essa intenção, mas que ele interpreta dessa forma devido às feridas não curadas do passado com a mãe.

Quando não resolvemos essas questões internas, transferimos esse peso para nosso relacionamento com Deus e com as pessoas. O vínculo com o nosso Criador pode ser prejudicado porque não conseguimos romper essa barreira emocional, que está ligada ao que vivemos com nossos pais. A superação desse bloqueio acontece quando olhamos para nossos pais com o reconhecimento de que, de alguma forma, eles deram a vida por nós. A partir desse olhar transformador, nós os vemos como um terreno sagrado, pois foram eles que nos trouxeram à vida. Mesmo que, por algum motivo, sua mãe não tenha desejado seguir com a gestação ou seu pai não tenha assumido a paternidade, ambos seguiram adiante na decisão de dar a vida e, de alguma forma, mantiveram o compromisso. Quando adotamos a postura de olhar para nossos pais e dizemos: “Eu estou aqui porque eles me deram a vida, independentemente das circunstâncias”, essa perspectiva muda profundamente a forma como enxergamos e vivemos nossos relacionamentos, inclusive com Deus.

Depois que Jesus bradou, chamando Lázaro para fora, ele saiu com as mãos e os pés envolvidos em faixas, e o rosto coberto por um pano. Então, o Senhor ordenou que retirassem as faixas e deixassem-no ir. (João 11. 43 e 44). Deus nos quer livres para viver plenamente e para levar essa liberdade a outros. Não faz sentido continuar carregando as faixas de morte, que nos envolvem e nos amarram. Identifique as faixas que o aprisionam, seja a faixa do pecado, da mágoa, de sentimentos não resolvidos… Livre-se delas hoje! Não faz mais sentido carregar esses ressentimentos, pensar dessa maneira, ter essa visão equivocada.

Agradeça, presenteie os seus pais, que deram a vida a você, e ao seu cônjuge, que também contribuiu para o seu crescimento. Eles desempenharam um papel importante em sua caminhada, e hoje, você tem o privilégio de entender, aprender e recomeçar. Que, neste dia, homens e mulheres se libertem dessas faixas de uma vez por todas, em nome de Jesus.

Bispa Cléo Ribeiro Rossafa

Líder Espiritual do Ministério Mudança de Vida